quinta-feira, 18 de junho de 2009

SARAU DO LABORATÓRIO (VII)


LA TIERRA SIN MADRE
(fragmento inicial)

resta o pó


seu olhar negro
semblante
sem brilho


era com-


-o cimento
pesa o
conhecimento
pesava


agora é como
cão sem peixes
signo inexist
ente ao mar


e mais outros cem peixes ao fundo
multiplicando-se para além do pó


(...)


semblante negro
cem peixes
sem madre


bem dito o pó da notícia
inda vem a perícia

benditas
pérolas,
oro só:
hosana!


(Fragmentos do poema La tierra sin madre, de Sílvia Nogueira)

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