quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

SARAU DO LABORATÓRIO (XV)

ESTRANGEIRA

Seu caos me transforma corpo adentro;

ouço os gritos do meu silêncio,

reinvento todos os caminhos

e sigo, inesgotavelmente,

lua que acolhe todos os ventos.

Inunda-me incandescente,

sou estrangeira em meu próprio mar

— à beira dos sentidos, de um só sentido.

(Poema de Marcela Cividanes)

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