sábado, 20 de julho de 2013

Próclise

Pararaquas de saraquás
roufenham pseudoblues,
imolando arpejos
na seara
dos sapos deserdados.

Cautelosos esgares
acobertam apalpadelas,
como palavras pesadas
que afundam no ar

Se ruminações melancólicas
derrocam nervos,
o interlúdio dos unicórnios
assegura
os últimos arranques de vida.




Mesóclise

Fios tortos e sujos,
molho de tentações,
amontoam
babilônicos preconceitos.

Nas begônias crepusculares,
das brancas e amarelas,
prosperam faces perdidas
entrelaçando marés.

Solo gretado
de austero encanto,
pedantemente estéril,
projetar-se-á indomável.


Ênclise

Revela-se
alatência secreta
de todas as coisas,
a cada ciclo
de exuberância lunar.

Distingue-se
entrevertebras e caranguejos,
o cocar do indígena,
apenas desfalecido.

Impõem-se
o arrulho dos pombos,
às intermitências
do arco do violoncelo.

(Poemas de Celso Vegro - C.V. Seis/treze)

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