sábado, 20 de julho de 2013

TRI



Dos pares, não só o de piercings
— siliconados alargadores —,
Também o mui cartilaginoso
de orelhas de abano
Que todo e qualquer calhamaço
de encadernada crustoderme, nunca
Jamais possuíra, a não ser
na protética forma
De uma flácida e removível
sobrederme de papel



BARBAS


Barbas ou o que há de pelos
Entre o que há de pelos antes
Ou qual for a perspectiva
Depois delas de molho a
Saber as costeletas de porco
E o que há de pelos depois
Ou qual for a perspectiva
Antes delas de bode a
Saber le cavaignac du diable



I

Khan tártaro com muitíssimo
de seu xará calcário e incrustadiço
entre os amarelados — seus poucos

dentes?

II

Cã tatarlar com não menos tocaios
seus grisalhos e inúmeros fios
por entre os ensebados — seus pentes

de osso?

III (Coda)

& a genghivite
do mais notório
khan mongol
quando também
já encanecido?

(Poemas de Fabrício Slaviero)

 




Nenhum comentário:

Postar um comentário